sexta-feira, 25 de julho de 2008

Se não tem pão, que sirvam brioches

Meus saudosos,

Sei que ando em falta com vocês, me desculpem! Como você sabem, estou sempre em busca de atualizações na minha vida social para ter o que escrever posteriomente a vocês. E agora cá estou, cheia de novidades (já fui em até 2 brazilians parties!).

Já escrevi sobre isso anteriormente e supondo que vocês ainda se lembrem, sexta-feira é o dia oficial das bye-bye parties por aqui. Essa semana foi um pouco diferente, primeiro pq finalmente consegui chegar a tempo para uma dessas festas, segundo pq foi ontem, numa inusitada quinta-feira, e terceiro pq fiquei particularmente sensibilizada dessa vez. Lembram do tal francês que estava morando aqui em casa?! Então, se foi hoje! Sei que vocês têm um certo apreço e alguns, até me atrevo a dizer, desenvolveram laços afetivos com os asiáticos, mas nessas duas últimas semanas diria que estive um pouco mais ocidental (mas ainda cultivo o pedacinho amarelo em meu coração, óbvio). Tudo começou quando o francês, que não é francês e sim belga, mas que mora na França e vai direto para a África (?)chegou. Ele se juntou a nossa trupe logo no primeiro dia e a partir daí, diria que ele se tornou meu melhor amigo durante 15 dias. Aqui vale uma preciosa ressalva, ele toma banho todos os dias. E digo mais, as vezes até dois! Talvez seja a veia belga. Fiquei aliviada. Obviamente, contei a ele nossas adoráveis impressões sobre os franceses e mais obviamente ainda, por ele ser praticamente-de-lá algumas vezes se comporta como tal, o que rendeu muitas piadinhas e frases prontas, e francês se tornou um adjetivo. Descobri que todos os franceses não gostam dos parisienses (execeto eles mesmos, claro), aprendi quando se pode recusar um vinho depois de todo aquele ritual da frescura para escolhê-lo, descobri que quando você não acha a palavra certa em inglês para se comunicar, você pode tentar o português porque provavelmente eles usam a mesma palavra também, mas com sotaque afrancesado. Croissant é a melhor palavras para eles dizerem. E como todo europeu, eles acham que a história de seu país é a mais importante. Ah, uma cena típica, outro dia estávamos assistindo ao filme Maria Antonieta (ou Marie-Antoinette, claro) o que causou certa revolta, já que uma americana (esqueceu-se de que sou uma) estava retratando a história deles e de maneira tão pouco profunda (o filme é bom e não é para retratar de maneira profunda a história mesmo). Eles, e todos os outros europeus, sentem certo repúdio pelos EUA, é muito comum ouvir isso aqui. Enfim, foi divertido enquanto durou. E num desabafo, vejo que meu custo social será alto no período das férias, já que nessa época as pessoas vêm e vão com maior frequência e, consequentemente, terei que praticar ainda mais o desapego.

Feitas as apresentações iniciais, irei retratar alguns dos episódios ocorridos ao longo dessas semanas. Já me antecipo e digo que foram dias culturamente intensos.

beijos bicudinhos,
Ellen

2 comentários:

  1. Ellen pelo visto o pseudo francês preencheu a lacuna do seu coração nestes 15 dias que vc. mal teve tempo p/ se comunicar conosco.Estava sempre saindo p/algum passeio quando ligava e até mesmo chegando no lugar ao qual vc.estava indo.Quero saber os detalhes.Ah,estava me esquecendo o mango leu a sua mão? e daí?Beijos mil

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  2. 1- Mãe, que frase mais de efeito essa que v. usou. O Mingu parece saber o que está falando, assim eu espero. Resumindo, pq não vou deixar público o que me espera no futuro, mas ficarei bem. Depois te conto. Beijo

    2- Zezo, obrigada pelo bem-vinda! Aliás, acabo de voltar de um agito cultural: korean restaurant (na verdade, é a segunda vez que vou lá. Tentarei escrever ainda hj sobre isso). E OK! Ellen, pq nada de brazilians na party. Eu era a única brasileira do grupo, não do local obviamente. Porém mantive a distância.=)

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