quinta-feira, 7 de abril de 2011

momento Palmirinha

Se tem uma coisa que eu sinto falta da Irlanda é das chicken wings – que traduzido para asinhas de frango não surtem o mesmo efeito.

No Brasil, nunca fui muito fã e adorava quando vovó era ainda viva e comia todas as asinhas. Porém as irlandesas, que tem origem americana, são diferentes.

Digo, não toda e qualquer asinha. Há especificamente um restaurante em Dublin que serve as melhores asinhas de frango de todo o mundo. São pequenas, torradinhas, com um molhozinho picante e um q de azedinho. Coisa de outro mundo.

Aliás, as duas últimas coisas que fiz antes de me mudar da Irlanda foram beber uma Guinness e comer as tais asinhas. Não necessariamente nessa ordem, já que uma Guinness é quase uma refeição completa.

Desde que vim para na Bélgica, sonho com as tais. Ok, sei que isso faz de mim uma pessoa digna de dó, mas isso é porque você nunca as comeu. De posse de todo tempo livre desse mundo, resolvi replicar as tais asinhas. O problema é que a receita é que nem a da Coca-Cola. Ninguém sabe e ninguém nunca viu!

Depois de horas pesquisando em chats, fóruns, sites e pegando dicas com quem entende, fiz minha primeira tentativa há duas semana atrás. Antes de ir ao forno, ficaram lindas e muito parecidas. Depois de prontas, ficaram deliciosas, mas diferentes das tais.

Eu que tive problemas graves em assumir um lado mais dona de casa, estou aqui compartilhando a receita com vocês (veja logo abaixo). Recomendo!

E como minha obssessão é notória nessa casa, semana passada tivemos mais uma tentativa. Ele fez chicken wings como meu jantar de aniversário. Sim, a gente não liga pra essa coisa romântica de comer com talheres e nem de comer só coisas refinadas em ocasiões especiais. A receita foi diferente e no final tivemos as wings cravejadas em gergelim. Yummy-yummy! Receita num post futuro, já que é muita informação para mim,  compartilhar receitas agora nos meus 27.

…..
Você precisará de:

- asinhas de frango, obviamente;
-sal e pimenta;
- molho de pimenta;
- farinha de milho;

Essa é a parte mais chata e eca do processo, mas essencial. Já comi muitas asinhas gigantes por aí que fazem da sua vida um problema. O negócio é cortá-las ao meio. Bem ali no V. Daí fica a coxinha para um lado e a asinha em si para o outro. Cortadas, você as coloca para cozinhar em água com o sal e a pimenta. Enquanto elas cozinham, você faz o molho.

Aqui está um problema, porque caso você não tenha um pai que nem o meu que cultiva suas próprias pimentas e faz seus próprios molhos, você pode utilizar qualquer o molho de pimenta que você mais gostarAqui eu usei um molho de pimenta  do Nando´s (um restaurante famosinho de Londres) com um pouco de molho de pimenta do Hocca (sim, o Hocca, o famosinho aí de SP que vende pastéis e sanduíches de mortadela,  e que eu carreguei todo esse tempo comigo). 

Você mistura  umas 5 colheres desse molho de pimenta, 1 de vinagre branco e umas 6-8 colheres de manteiga. Manteiga, manteiga, não margarina. Não preciso dizer que você derrete a manteiga numa panela e daí acrescenta o molho e o vinagre, né?

Feito o molho, as asinhas já estarão cozidas (ou quase). Você passa elas na farinha de milho e depois no molho de pimenta com tudo misturado. Coloca elas numa assadeira e coloca no forno.

Demora um bocadinho, mas ficam óteemas! E não, não ficam super apimentadas.
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Como essa minha obsessão pelas autênticas não tem data para acabar, sigo tentando. Qualquer novidade, eu faço para vocês!

beijos de boca aberta,
Ellen

PS. Infelizmente, comemos tudo antes mesmo de eu pensar em tirar um fotos para ilustrar. Nas duas vezes.