quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Vai e volta

Não era exatamente sobre esse assunto que planejava falar. No entanto, recebi um e-mail hoje e mudei de idéia. Ok, será uma pausa para um momento coxinha, de curiosidade, de chame-do-que-quiser. E também um pouco triste. Por tanto, dou a total liberdade de pularem esse post e aguardarem por um novo.

O email era de uma das minhas leitoras, a Pâm, contando sobre sua participação no Jornal da Gazeta. Com essa história de 2o. turno nas eleições, nossa boquinha-agora-torta Marta Suplicy foi dar o ar da graça no tal telejornal e responder as perguntas de alguns cidadãos. Entre as milhares de perguntas, a de PâmPâm foi selecionada. Ponto para ela. Diria que foi bem pertinente e para deixá-los a par, segue na íntegra: (gosto quando falam isso)

Candidata, o que você acha do metrô funcionar durante a madrugada toda na cidade? Ainda que houvesse poucos trens, de 15 em 15 minutos ou de 30 em 30, seria uma grande alternativa para diminuir o número de pessoas que dirigem depois de beber, não?

Isso poderia ainda ser aliado a linhas circulares de ônibus noturnos nos bairros onde há maior concentração de bares.

Você implantaria esse projeto?

Não cabe agora a resposta intrigante de nossa canditada-mãe-de-Supla. No entanto, a postarei no final para causar faniquitos em vocês. Se bem que a maioria dos meus leitores, estavam também copiados no tal e-mail. Enfim...
Esse assunto acabou me lembrando de outro. Coincidentemente, ou por pura sincronia (!), essa semana vi diversas vezes um comercial na TV daqui (óbvio) conscientizando sobre o ato de dirigir imprudentemente. Fiquei pasma. É uma linguagem muito agressiva. Na verdade estou sendo eufêmica. É muito, mas muito mais do que agressiva. Fiquei tentada em postar aqui logo que vi, mas achei triste demais. No entanto, tais circunstâncias me fizeram mudar de idéia. O vídeo que vi era especificamente sobre dirigir em alta velocidade, mas rola também um campanha na mesma linha sobre beber e dirigir. Ok, não vou entrar no mérito da questão "é super tudo bem beber loucamente, o problema só está em dirigir depois". Longe de mim ser coxa e desviar o assunto.

Aqui na Irlanda, como agora no Brasil, há a tal da lei seca. Óbviamente foi uma coisa muito sábia nesse país, afinal, o teor alcoólico de um cidadão irlandês pode atingir níveis exorbitantes. Eu saí do Brasil na semana em que entrou em vigor por aí, logo, apenas sei o que os jornais online disseram. No entanto, aqui na Irlanda eles levam isso bem a sério. Não sei se é de praxe ou não, mas até já presenciei a Gardaí (a polícia irlandesa, no plural. Leia-se Gardí.) fazendo a vistoria no semáforo. Sei que isso soa estranho, mas aconteceu. Estava eu sentadinha na beira do Rio Liffey numa noite a pensar na vida, quando vi uma movimentação estranha. Os carros parados no sinal e a Gardaí os abordando. Um a um. Talvez fosse apenas um dia de mau humor. Seja lá o que tenha sido, ao menos aqui eles proibem, conscientizam(?) e dão uma segunda opção para voltar para casa.

Durante a madrugada há os ônibus especiais, o Nitelink. Ok, não é a perfeição do sistema público de transporte. Só que Dublin, uma capital de 1.5 milhões de habitantes, possui algo do tipo enquanto em São Paulo a alternativa é sentar e chorar nesse horário. Se bem que eu não seria capaz de pegar um ônibus essas horas por lá. Muito menos uma lotação (vide vídeo Marta-Suplício no final). Porém, o metrô poderia ajudar. Aqui, os ônibus convecionais param de funcionar as 23h30 e o Luas as 00h30 (exceto aos domingos, onde tudo e todos fecham 1 hora antes). Os Nitelinks começam a funcionar as 00h30 e se não estou enganada, eles passam a cada 20 minutos. A parte ruim é que o ticket custa 5 euros e não dá para usar seu cartão de ônibus do mês, por exemplo. Eu só o usei duas vezes. Pelo preço, se você está com mais alguém, vale a pena dividir um táxi. E onde moro agora, com 5 euros eu pago uma corrida do centro até a porta do meu lar doce lar. Ainda assim, é uma boa alternativa. Em Londres, eu também usei o tal do ônibus especial duas vezes. A diferença foi que eu não paguei em nenhuma delas. Quer dizer, eu tinha um ticket para metrô e ônibus que valia para o dia todo, e não precisei pagar por um preço também especial. Em Dublin, a única recomendação é evitar a parte de cima dos ônibus (sim, aqui todos eles são de dois andares), pois a concentração de gente bêbada e vômitos é enorme. Bom, ao menos eles chegam em casa. E se não chegam, é porque continuam dormindo nos ônibus.


Se não tivesse visto várias vezes essa semana na TV, acharia que é aqueles vídeos-de-causar-impacto da internet, sabem?!


eu não achei nada recente, então usarei um do ano passado

Contradizendo minha natureza não vou me estender muito dessa vez. Semre fico triste quando assisto a isso. Porém, numa tentativa-Xuxa-contra-o-baixo-astral eis o videozinho da ex-senhora-Suplicy.


Lotação?! Hein?! Como diria mamãe, é soda!

Beijinhos sensibilizados,
Ellen

P.S. Pâmela Cristóvão Reis, como v. já havia sendo mencionada obscuramente diversas vezes por aqui, dessa vez resolvi te citar abertamente, ok? Agradecida por isso. Boto fé em você.
P.S 2 Comecei a escrever ontem, mas só finalizei hoje. Oka?!

2 comentários:

  1. Ellen, estou chocada com a sua assiduidade!!! Aposto que a maioria dos leitores nem leram as últimas notícias, já que estão aguardando completar mais dois meses pra vc atualizar..hehehe Vide diminuição no volume de comentários.

    Agora, encheções de saco à parte, eu já tinha visto o primeiro comercial, não lembro onde mas já vi e achei chocante também.

    AH, e em que pose bonita ficou a Marta no vídeo parado hein? Esbanjando simpatia. E agradeço a citação! Hehe Me sinto honrada e inspiradora.

    Continue nesse ritmo.
    Bjos

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  2. Eu acho que as propagandas com esse intuito devem chocar mesmo. Na verdade, esse choque, nada mais é que uma das inúmeras possibilidades de acidentes e vítimas de "pilotos" nas ruas...

    Eu acho que a Marta tinha mais é que mudar o nome dela... Como será q é o nome de solteira dela???

    Beijos

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