quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Maria Pita e seus amigos

Estava na dúvida se escrevia sobre isso ou não, mas me achando a propagadora de informações resolvi fazer de tal assunto uma espécie de utilidade pública. Porém, como vai ano e vem ano eu continuo com a mesma prolixidade e contarei a história desde o começo. E agora agravada por essa carência de gente-recém-chegada.

Como minhas vindas para cá são sempre (ok, essa foi a 2a. vez) um pouco conturbadas, dessa vez não foi muito diferente. Quer dizer, em partes. Pelo menos até a hora do embarque e um pouco depois. Se era para levantar voo (já na versão ortograficamente reformada) às 21h30, só lá pelas 21h45 é que fui conseguir entrar no avião. Também pudera, era final de semana de chuva em SP. E se só o fato de alguém cuspir no chão causa transtornos, quando chove de verdade, causa um colapso. Era um tal de passar gente com radinho para lá e radinho para cá: "Tá indo pra Viracopos?", "Não vai pousar?". Só coisas animadoras e que me traziam a mente a palavra Congonhas. As novas valetas (ou seja qual for nome daquilo) deviam ter entupido. Não sei e confesso nem querer saber como funciona isso, mas acredito que vários voos devem ter ido pra Cumbica. O que sei é que um maledeto avião da TAM que ia pro RJ estava estacionado na vaga do meu avião(?). Coisa de paulista procurando vaga no shopping aos finais de semana. E lá ficamos como uma grande e agitada família ocupando todo o saguão. Era gente da Iberia e da TAM tudo bem perdidamente juntinho. Até que dava pra separar. Os de casacos e botas eram do primeiro, e os de havainas do segundo. Eu continuei sentada e assistindo a tudo aquilo. O que me deixou feliz é que ao invés de 1 dia de atraso, dessa vez foi só 1 hora. Ponto para Maria Pita*!


Dentro do avião em si é que começa essa coisa de utilidade pública. Lá fui eu para minha classe ultra econômica. Aliás, se não tivéssemos que passar pela 1a. classe para chegarmos lá, continuaríamos sabendo que a econômica é ruim, mas não que é tãaao ruim. Enfim, lá fui eu me ajeitar para minhas intermináveis horas de voo e sono. Cobertozinho ali, cinto aqui, tênis lá e o travesseirinho. Caramba! Que travesseirinho nojento! Tudo bem que pode ser algo inocente de minha parte, mas eu realmente acreditava que eles trocavam a cada voo. Só que não! Quando estava a afofar o meu notei não uma pequena mancha, mas sim um dos lados completamente manchado por um colarinho-azul-marinho-suado. Foi a visão do inferno. Como ainda estava sozinha na poltrona, super malandra, resolvi terceirizar meu problema e o troquei com o do meu vizinho. E mais uma vez aconteceu. Dessa vez havia um mini cabelo do tipo corte masculino. Deve ser do amigo do de colarinho azul. Que coisa desagradável. Já sem opções ao meu alcance pedi para a aeromoça trocar. Ela tentou, mas não haviam novos travesseirinhos disponíveis. Segundo ela, 30 lugares estavam vagos e ela poderia pegar algum assim que todos embarcassem. Como assim?! Mais um usado?! Eu comecei a suar frio. Onde colocaria minha cabeça pelas próximas 10h? Já comecei a pensar em forrá-lo com o plástico do cobertozinho, embrulhá-lo com alguma roupa minha, qualquer coisa. Porém, havia o risco de morrer sufocada ou ficar sem roupa para usar nesses dias frios de Dublin, e foi aí que eu vi a luz. Sempre (sempre mesmo) tirem a fronha dos seus travesseirinhos. Como sei que poucas pessoas lêem isso daqui, eu posso dizer assim abertamente. Afinal, se todos resolverem tirar a fronha, danou-se. E dos 30 lugares vagos, um era ao meu lado. Ponto para mim! Fiz de lá minha cama e ao invés de um, usei dois travesseiros sem fronha.

beijos nus,
Ellen


* Eis a Maria Pita..

Por alguma estranha razão, talvez numerológica, os aviões da Ibéria tem nome. Acho caloroso.



2 comentários:

  1. Ellen,vc.não imagina a chuva que estava.O Erik não enxergava nadica e quase chegamos ao litoral,pois ele pegou a pista contrária.Depois de muitas voltas conseguimos voltar.A chuva só melhorou quando chegamos em casa.Realmente todos voos de Congonhas sairam de Cumbica daí a demora do seu embarque.Depois de uns dez minutos que a chuva melhorou, a cada cinco minutos um avião levantava voo de Congonhas,pois o ap. do Erik fica na rota dos avioes.Daí pensei agora a Maria Pita vai conseguir levantar voo.Não sabia que este era seu nome.Meio estranho não acha?Ellen gostei destas fotos.Ficaram bem legais.Beijus gordurosos de tanto calor praticamente estamos derretendo.Gostaria de estar no seu lugar.Mande e-mail p/o Erik e Mo pelo evento que lhe falei.

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